8 de abril de 2011

Sem meias palavras, a vida as claras.

Ando tentando suavizar muito todas as coisas, forçando a barra quando na verdade eu apenas queria gritar um palavrão bem xingado, contudo, também estou tentando me tornar uma mocinha e elas não xingam palavrões, não em teledramaturgias. Mas pelo caminhar da carruagem nem toda mocinha da vida real é inocente, boa gente. O máximo de consternação é uma pessoa metida à intelectual com seus livros de cabeceira e um dia de frustrações, que não bebe, não fuma e nem sai dormindo com qualquer cara, e talvez todas essas frustrações sejam de tentar se tornar a tal “mocinha”. Porque na vida real eu preciso de uma pitada de malandragem, de ter molejo pra contornar o que não me apetece, é preciso manha pra ganhar muita gente, pra saciar toda a vontade de viver.

Todo o dia é dia de viver a novela que é dada a vilãs, coadjuvantes, figurantes, antagonista. E o protagonista é o cara do sofá bege que está sentado na recepção de um dentista, ou da camareira que levou um pé na bunda do marido que dormiu com a vizinha enquanto ela trabalhava pra sustentar os filhos. Deixe de ser "abestado" protagonista é alguém que só(bre)vive a vida.



- Porra, mãe, to cheia de ser mocinha. Vou viver de AMOR, é mais barato e cabe nos sonhos que andam vindo me visitar todas as noites.
Bjs, sua filha!

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