1 de setembro de 2011

De tudo o que fui

Eu realmente já tentei de quase tudo
Já comecei e terminei, já coloquei tudo de cabeça pra baixo.
Me fiz e reeventei diferças vezes, cada uma melhor e pior mas nunca a mesma;
Já inverti o placar e já o zerei.
Já coloquei os pés no chão e quando isso aconteceu literalmente fui parar no espaço, longe de qualquer indício de gravidade, pra ver se haveria mudanças.
Já desisti de persistir e persisti pra não desistir.
Fui pra longe de tudo e acabei por sentir falta de tudo;
Eu já pensei com a razão e metendo os pés pelas mãos acabei fazendo o que o coração ordenava,
Mas na hora de falar dos sentimentos dircusei com a frieza racional.
Lutei e abandonei minha guerra interior todos os dias de todos os anos.
Já me fiz amante, amada, namorada.
Já tentei ser cruel e desisti desse papel.
Já me fiz a sílaba tônica na boca de alguém,
Como também me tornei uma simples vírgula na história de um Zé ninguém
Pus pontos finais inúmeras vezes, coloco um [.] em cada fim de frase,
E hoje tento ser a rêdicencia na vida de "um cidadão"
Já me vi mulher madura aos 13 anos e com a apaixonante inocência de uma criança aos 18.
Fui o inverso do certo e acertei errando.
Já tentei o tipo: desalmada,desesperada, desiludida, desencanada, desinteressada,
E tudo que consegui ser fui eu mesma.
Mas de toda a certeza que tenho, é de que sempre fui a melhor que poderia ser
E talvez a qualquer hora eu encontro a posição correta pra encaixar no quebra cabeça.

Um comentário:

  1. Tem horas que percebemos que apesar das várias facetas que o ser humano pode possuir, lá no fundo ele é o que é, e só o é por não ser de outra maneira.

    O maid difícil é aceitar alguns aspectos disso.

    Belo texto.

    :)

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